sábado, 6 de março de 2010


O The Thing é, talvez, o meu favorito do John Carpenter até agora. O que adoro em Carpenter é aquele espírito de entretenimento que cada filme tem. Até mesmo este The Thing, um dos seus filmes mais negros e poderosos, o espectador é profundamente entretido com o que vê no ecrã... não entretenimento divertido e que nos faz rir, entretenimento daquele "mal posso esperar para ver o que se vai a seguir e não consigo parar de olhar para o ecrã". Porque os filme de Carpenter têm estilo. Um estilo sério, controlado, de planos espectaculares e bandas-sonoras perfeitas. Um estilo de um grande realizador que agarra o espectador do primeiro ao último segundo e não o larga.

The Thing é espectacular do início ao fim, com aquele jogo de desconfiança e paranóia, aquele ambiente frio e assustador. Carpenter, de certa forma, faz o mesmo que fazia Welles: cinema de pouca ou nenhuma subtileza, em que as imagens são trabalhadas na perfeição para criarem ambientes, tons, e situações memoráveis. E se The Lady from Shanghai é puro entretenimento sério do início ao fim, com aquele espírito tão puramente Noir, este The Thing não fica atrás, sendo um entretenimento sério de puro terror.

A partir do momento em que me atrevo a mencionar Carpenter e Welles na mesma frase, acho que não há mais nada a dizer (Welles é infinitamente melhor, claro; mas raios, Carpenter é dos maiores do cinema americano contemporâneo).

The Thing é genial do primeiro ao último plano.

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