
Redbelt, de David Mammet, é daqueles filmes espectaculares que nos relembram que os heróis não têm nem superpoderes nem vêm de outros planetas: apenas têm valores bem definidos pelos quais se regem, aconteça o que acontecer. Por isso mesmo é que o filme tem com o espectador (pelo menos comigo teve) a ligação que tem; é um filme que nos inspira a ser melhor.
A personagem principal, apesar de todos os infortúnios (e não são poucos), nunca abandona aqueles ideais que desde o inicio transmitiu. Por isso é que o espectador fica com os olhos humedecidos no final, quando este recebe aquele derradeiro símbolo de respeito e de valor: porque o herói do filme é um herói num mundo real, e é-o de forma realista.
Redbelt é grande. Mammet teceu um argumento perfeito, o trabalho dos actores (que vão desde Emily Morton a Rodrigo Santoro e passando por Tim Allen) é fenomenal, e Mammet filme de forma íntima e serena, como a história bem o precisa. As cenas de acção de jiu-jutsu têm um misticismo de isto-era-perfeitamente-possível-e-há-mesmo-pessoas-que-fazem-isto. Tirando aquela brilhante batalha final, momento de tensão e de espectacular valor emocional, em que o espectador fica à beira do assento a torcer pelo herói.

Obra-prima de Mammet. Um crime o facto de isto não ter passado nos cinemas.
Por cá passou despercebido e é uma pena. Eu descobri-o graças a um colega bloggeiro do Brasil. Por óbvias razões o filme no Brasil não iria passar despercebido :D
ResponderEliminarGostei muito e o final é poderoso.
O final é mesmo espectacular, e tenho pena de só o ter visto recentemente. Queria ter visto no Estoril : /
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